Bordado
Trago um fio da meada
Do cordão umbilical,
Que me deixa, ainda, atada
A um tempo, intemporal.
Não há dobra em gargalhada,
Sendo o traje acidental,
Deixa-me aprisionada
À fronha da capital.
Há muito que eu esmiúço
Um sentimento mordaz...
Decifrar... serei capaz?!
Cada vez que me debruço
À janela do meu ser
Vejo um bordado a crescer.
23/03/2023
Rosa Silva ("Azoriana")