Cadeira de poeta
Daquela cadeira voltada pró mar
Eu sonhei que ouvia seu belo rimar
Um ano se conta da sua partida
O Carlos Andrade que deixou a vida.
Foi "Santa Maria" que ouvi cantar
Tive tanta pena de não igualar
O seu canto firme na força vivida
E me deixa agora tanto mais sentida.
Foi o mar da ilha, nas suas marés,
Que levou a filha e o fez sofrer
E do mar ele era mesmo sem o ser.
Quero então rimar porque ainda és
Voz de fevereiro, "Praça da alegria",
Dia do meu pai e de "Santa Maria".
23/02/2017
Rosa Silva ("Azoriana")