Cinco Ribeiras
Cai a tarde sombreada
Paralela ao meu olhar
Acinzentado o mar
Numa pausa comentada.
Vai a nuvem engalanada
Como se fosse a voar
Numa corrente lunar
Na parede pendurada.
E o coração bate forte
Prisioneiro à minha sorte
De estar noutras fronteiras.
O som que ouço me acalma
Na hora que cada alma
Me vê nas Cinco Ribeiras.
Rosa Silva ("Azoriana")