De Margarida Almeida (sobre o meu artigo - Linda ilha)
Boa tarde também te quero dar
Oh minha linda e querida amiga!
Pedindo para sempre Deus ficar
Na tua e minha cantiga.
Lindos versos acabei de ler
Sobre a nossa querida ilha;
Eu alguma coisa vou escrever,
Talvez até faça uma sextilha.
Tudo escreves com encanto
E se transforma em magia;
Amiga eu de ti gosto tanto
E não é só pela cantoria.
Falas nas nossas tradições
Até nas festas e nos bodos;
Que até aquece os corações
Dos familiares e amigos todos.
Falaste no porco em se matar,
Eu também ficava contente,
Amigos lá íamos convidar
Para fazer uma visita à gente.
O porco era enfeitado
Com as rosas de Japão,
Depois era visitado
Pelos amigos no serão.
Lá se juntava muita gente
Convidados e amigos,
Bebiam anis e aguardente,
Com queijo, bolachas e figos.
Chegamos a ter cantoria
Com cantadores afamados;
Era sempre uma alegria
Quando eram convidados.
Guardo na minha lembrança
E vou escrever aqui no papel,
Que no dia da matança
Cantava o meu primo Daniel.
Ele não cantava sozinho
Outros eram convidados,
Recebidos com carinho
Pelos meus pais adorados.
Meus falecidos irmãos
Para a cantoria eram danados,
Assim se animavam os serões
Com todos os convidados.
Até que chegou um dia
Que esta alegria acabou.
Acabou-se logo a cantoria,
Porquê Deus os levou.
Ainda guardo na memória
Os tempos que já lá vão,
Mas ficou para a história
Meu primo e meu irmão.
Nunca mais houve alegria
Em festas se tornar a fazer,
Sinto tristeza em todo o dia
De nunca mais os tornar a ver.
Eles também foram convidados
Para fazer parte do Carnaval,
Danças e bailes foram puxados,
Nunca me esquecerei de tal.
Eles todos foram puxadores
De danças e muitos bailinhos,
Receberam todos louvores
Andaram nos nossos caminhos,
Mostraram os seus valores
Para os amigos e todos vizinhos.
Agora ficou a triste sorte
De na memória os recordar:
Tenho um na América do Norte
Que ainda continua a cantar.
Estes versos que escrevi
A eles foram dedicados,
Amiga eu também vejo em ti
Saudades dos tempos passados.
Somos uma ilha de festa,
Por ti amiga aqui recordada,
Não há nenhuma como esta
No mundo é sempre lembrada.
Terceira de Hortênsia formosa,
De amor, alegria e muita paz,
Cor de branco e de uma Rosa
E do perfume de um lilás.
Terceira é a ilha mais bela
Das nove é a que tem mais luz,
Para sempre és e serás aquela
Que tem o nome de Cristo Jesus.
Estas quadras vou terminar
Com muito amor e dedicação,
Para ti e amigos vou deixar
Beijinhos do meu coração,
E se alguém não gostar
Desde já a todos peço perdão.
Eu poetisa não quero ser,
E te digo do meu coração,
No meu corpo ficou a correr
Sangue do meu primo e irmão,
Por isso gosto de quadras fazer
Para Deus lhes entregar com sua mão.
Margarida Almeida
Nota: Continuação no próximo artigo.