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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem

Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(940...pausa... 961)

Motivo para escrever:

Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

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Com os melhores agradecimentos pelas:

1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"



2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"



3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"


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Lenda do Monte Brasil - Terceira (em verso)

25.08.15 | Rosa Silva ("Azoriana")

Como reza a tradição
Da bela ilha Terceira
Havia uma paixão
Numa lenda pioneira.

O Atlântico apaixonado
Pela Princesa Baía
Acabou “enlutado”
De alegria vazia.

Era Príncipe dos mares
Como assim o conheciam;
Foi deitando seus olhares
A quem não correspondiam.

Princesa de belos cabelos,
Louros e cadenciados,
De amor, sem atropelos,
Por outro dos seus amados.

O ciúme incendiou
Nosso Príncipe apaixonado;
Atlântico então chamou
Uma Fada para seu lado.

Violento e desordeiro
Pra mudar acontecimentos:
A Fada foi quem primeiro
Fez magias, feitiços e ventos.

Nada conseguiu então
E o Príncipe dos Mares,
Furioso, deu expulsão
A Fada pra outros lugares.

A Princesa por entre olhares
Trocou o primeiro beijo;
Acorda Príncipe dos Mares,
Com sussurro relampejo.

Fazia da rocha seu leito,
Basalto e vulcânica areia,
E acordou de um jeito
Que a coisa tornou-se feia.

Até a Fada voltou
A este reino terceirense
Apaixonada já se mostrou
Mas o Príncipe não convence.

Queria vingar-se também
Do Príncipe, Senhor do Mar;
Ele apenas queria bem
À Princesa pra seu par.

Vendo-o tão furioso
A Fada se ofereceu
Para vingar o seu ditoso
Que contra a terra se bateu.

Cego de raiva e ciúme
Com mais ódio disse à Fada:
“Correi e fulminai”, como lume,
“Quem roubou a minha amada”.

“Mas…” ainda na voz dele,
Afirmou sua intenção:
“Lembrai-vos, só a ele,
Mal… À minha amada não!”

A Fada aceita o desafio,
Até convida o Senhor;
Acena a cabeça, que ele viu,
E leva p’la mão seu “amor”.

Na praia dois apaixonados:
A Princesa, ao sol poente,
Com os cabelos dourados,
Reclinada ao amor somente.

A Fada soltou sua mão
Do Senhor do Mar e foi…
Num encanto de magia, então,
O Monte ela constrói.

Monte Brasil fica a ser
Aquele eterno rochedo,
Altivo, sem mais prazer,
Coberto pelo arvoredo.

Jamais a Princesa o deixou,
Ficou sendo sua Baía
Angra que de paixão ficou
Reclinada de noite e dia.

Para sempre estão unidos
Milénios de romantismo;
E agora são conhecidos:
Lenda de Angra do Heroísmo.

Embalados pelas marés
Está aquele par romântico,
Soluçando a seus pés
O Senhor do Mar: Atlântico!

Não é triste esta história
É uma lenda de valor
Que a moral sejam a glória,
Fidelidade e amor.

Quem o Mal quer provocar
Acaba na ratoeira;
Esta lenda é exemplar
Porque ergue uma bandeira
Ao Bem que, sem lutar,
Se deitou à cabeceira,
Tanto ao sol como ao luar,
Do Monte que na Terceira
Tem a Baía pra amar
Muito além da vida inteira.

Rosa Silva (“Azoriana”)

Nota: Inspirada na “Lenda de Angra do Heroísmo - Terceira", na página da Casa dos Açores do Ontário, Canadá.

Lenda do Monte Brasil

 

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