Mais fazer, menos (e bem) comer
O título podia servir de "slogan" para uma campanha de instrução ou sensibilização para uma refeição equilibrada tendo por base o conhecimento científico de cada corpo e seu respetivo funcionamento.
Podia-se ganhar mesmo que perdendo, inicialmente, alguma verba na realização de pesquisa de como funcionam os órgãos internos de cada indivíduo. Acredito que há muita gente que não sabe fazer bem o que comer. Podem incluir-me nessa listagem. Não tenho qualquer problema em afirmar que toda a vida gostei de comer e não gostei de fazer. Nunca me sabe bem o prato que cozinho porque vai recheado de "stress", sem o perfume ideal, sem a beleza que merecem certos produtos que surgem na mesa do pequeno almoço, almoço, jantar e ceia. Enfim, cada um é como é e a mais não é obrigado. Teria de ver para fazer, isto é, aprender com o/a mestre de culinária que tem (ou devia ter) a noção exata da conta, peso e medida, o mesmo que dizer as combinações corretas.
Podem dizer o que disserem mas há que ver para aprender. De teoria está o mundo cheio. A prática é que ensina.
Noutro tempo, o da minha juventude, até que via algumas tarefas culinárias a serem postas em prática mas tinha uma missão maior: estudar, estudar e estudar. Portanto, por muito boa vontade que tivesse em aprender a dominar a arte culinária ficou-se pela rama, ou melhor, pela teoria. Na prática foi o desastre quase total.
Mas, alto lá... Sou uma apreciadora de uma boa mesa, requintada e recheada de pratos que atraem os sentidos todos.
Com uma ação, levada a efeito por alguma entidade oficial (uma vez que estamos todos dependentes de pessoa de bem ou bens), teríamos o prato favorito com a tal conta, peso e medida para cada ser que se vê a braços com obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial e outras lamúrias que, por ora, nem precisam ser nomeadas.
Rosa Silva ("Azoriana")