Meu papel
No pergaminho da vida
Há alegrias e dores
Jamais será esquecida
A beleza dos amores.
No pergaminho da alma
Floresce o que é de bem
A doçura e a palma
Por alguém que não se tem.
Já fui papel de sebenta
Já fui linha de saudade
Tive folha de água benta
E um livro de verdade.
Quando for levo comigo
Só o livro que deixei
Que também fica contigo
Como prova que amei.
Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: escrito na viagem da urbana das 8 horas