O Natal de "maquia"
O presépio de casa
Com relíquias "medidas"
Nenhum aqui se atrasa
Em alturas desmedidas.
Todos tem o seu lugar
Seja em baixo ou em cima
Servem para bem regar
Os versos da minha rima.
O Menino está a central
Com o Anjo, Pai e Mãe,
Tem também cada animal
Pra aquecê-lo muito bem.
No alto lá estão os Reis
(Um deles bem atrasado)
De resto são mais que seis
Numa posição do lado.
O coelho é um regalo
Está perto de José
Cá fora está o galo
Com a vaquinha ao pé.
Um padre e uma igreja,
Uma casa e um castelo,
No alto pra que se veja
Há o chafariz tão belo.
A lavadeira é então
Quem lava tudo da gente
E até os Reis lhe dão
Sorrisos como presente.
Um pastor pra descansar
Resolveu saltar a Gruta
Mandou a ovelha berrar
"Glória" (bis) já se escuta.
O Menino é tão pequeno
Que acordou de repente
Ficou logo tão ameno
Quando soube desta gente.
Pobrezinho mal se vê,
Int'ressa é que ali esteja,
Que outra posição se dê
Com a lupa Ele se veja.
Que não haja ventania
Nem visita em turbilhão
Que não passem agonia
Se aquilo cair ao chão.
A ideia até foi grata
Para quem fez a rasoira
O pior é se a gata
Passa por lá e a estoira.
Meus amigos visitantes
Convido para visitar
E também os emigrantes
Queiram também avistar.
Sejam todos mui felizes
No dezembro mês final
Lembrem das suas raízes
E se alegrem no Natal!
Rosa Silva ("Azoriana")