Porquê?
Porque é que não fui cantora
Para elevar a alegria?!
Apenas compositora
Da minha eterna magia.
Porque é que sou detentora
De uma densa nostalgia?
É porque o fim apregoa
O que de mim mais fugia.
Fugia a noite da aurora
Como fujo eu agora
De abrir a boca ao desdém.
Fugia a lei da ventura
Deixando a minha ternura
No improviso do bem.
Rosa Silva (“Azoriana”)