Sábado [13]
Ardo por dentro dos sentidos
Viajo na ânsia do querer
Sem o tom certo de florescer
Na rama em dias esquecidos.
Manhã de sábado, escondidos
Minutos e horas de não ver
A vida no seu amanhecer
Ausente em sonhos repetidos.
Sou livre ao sábado, sozinha.
Fui berço-altar de sã rainha.
Sou palco andante de balaio.
Não sou de nada ou de alguém,
Nem rosário em lar de quem
Levanta o dia onde eu caio.
Rosa Silva ("Azoriana")