Sopro de vida
Quem me dera puder ter
Tudo aquilo que não tenho;
Em vez disso gosto de ser
O que faço no que desenho.
Porque em tudo que se diz
Falha sempre algo escrito;
Quem defende a raiz
Não se lê no que foi dito.
Nas palavras vejo ondas
Em marés de sentimentos,
No prazer de algumas rondas.
Na escrita vejo as cores
Que alegram tantos momentos
De vivência nos Açores.
Rosa Silva ("Azoriana")