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[de emigrante]
Quem deixa a sua terra
Para viver no estrangeiro
Muita lágrima desterra
Para encher o mealheiro.
Leva o mar e leva a serra,
Leva o que viu primeiro,
Logo, a seguir, quando aterra
Pensa que vai ver dinheiro.
Vem a casa, vem o carro,
E até vem casamento,
Charuto em vez de cigarro.
Lembra a casa onde nasceu
A chuva, o sol e o vento,
Mais quem a vida lhe deu.
Rosa Silva ("Azoriana")
Na manhã que a chuva quer
Regar o sol que já brilha
É o dia da Mulher
[Avó, neta, mãe e filha].
Tia/irmã, sobrinha, que houver,
Afilhada em sã partilha,
E, hoje, diga o que disser
Nobre filha é nossa ilha.
Eis a Luz que mais se expande
Que os corações abrande
Perante a terna beleza.
Se tudo o que está pior
Se prostasse ao Bem maior
Dava um traço na tristeza.
Rosa Silva ("Azoriana")
Contornos de cinzento manso
Decalcam o verde mesclado
De que se veste cada prado
E as sombras para descanso.
Contornos que vejo e avanço
P'ra servo terreno sagrado
Pelo cinzento abençoado...
Pena que não vejo o tal ganso.
Há um ganso (ou sequer havia),
Que arremete aos seres estranhos
Sejam qual forem os seus tamanhos...
Pena que deixei a freguesia...
No entanto, a consolação
É louvar os que d'outrora são.
Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: a propósito da foto de José Maria Botelho
Há novelos paralelos
No rochedo do pescoço
Que me fazem pleno esboço,
De desenhos tão singelos.
E há traços menos belos
Cunhados de carne e osso,
Desventura em laço grosso,
Da ruína de castelos.
A flor que quiseram dar,
Na hora de me chamar,
É nome de tez bondosa.
Da tez?! Mais do coração,
Que se vai em contramão
Vermelhece o nome: Rosa!
Rosa Silva (“Azoriana”)
Rendo-me à cortesia
Para ornar vosso Altar
Com os ramos da poesia
Na jarra de poetar.
Rendo-me à melodia,
Sem a voz, para saudar,
Mesmo assim, Virgem Maria,
Eu vos quero visitar.
Dizei como, quando, onde,
Irei eu, com meu desejo,
No verso que nem se esconde.
No barquinho da Saudade,
Levar-Te o meu doce beijo,
E cantando à Irmandade.
Rosa Silva ("Azoriana")
Os escritos são laços que
nos unem na simplicidade
do sonho... São momentos!
Rosa Silva ("Azoriana")
DATA DE CRIAÇÃO
09/04/2004
A curiosidade aliada à
necessidade criou
o 1º artigo e continuou...
16 ANOS
2020/04/09
Não há rima para o tempo
Mas o tempo é uma rima
Que serve de passatempo
A quem o tempo estima.
Just a piece of me
to the amazing world.
RETALHOS DE MIM
Ser AMIGO afinal
É muito mais que amar
É dizer o que está mal
Sem nunca mal se ficar.
...
Isto não é artimanha
Nem coisa de fazer mossa
Há quem queira e não tenha
Há quem tenha e não possa.
...
Na encruzilhada do ser
Há desejos florescendo
Ansiosos por caber
Na lava que vai nascendo.
...
A poesia é a mais bela
Temperança do viver
Quando crescemos com ela
Mais cresce o nosso ser.
Angra do Heroísmo
ilha Terceira - Açores.
SELO
Azoriana/Açoriana
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DESTACO
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SAPO: O prémio
Naturalidade:
Neste espaço residem pequenos fragmentos da alma serretense.
Um residente classificou-a como sendo fresca no clima e quente na hospitalidade. É, sem dúvida, uma freguesia fresca, pequena mas com uma grande alma.
É um "Cantinho do Céu", como a autora lhe chamou num dos seus artigos publicados.
Sob o pseudónimo de Cidália Miravento e na capa de "Azoriana", Rosa Silva vai reunindo coisas suas e de outros no intuito de divulgar a freguesia que lhe deu berço - SERRETA.