Verde e cinza (a Serreta)
Contornos de cinzento manso
Decalcam o verde mesclado
De que se veste cada prado
E as sombras para descanso.
Contornos que vejo e avanço
P'ra servo terreno sagrado
Pelo cinzento abençoado...
Pena que não vejo o tal ganso.
Há um ganso (ou sequer havia),
Que arremete aos seres estranhos
Sejam qual forem os seus tamanhos...
Pena que deixei a freguesia...
No entanto, a consolação
É louvar os que d'outrora são.
Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: a propósito da foto de José Maria Botelho